Já há algum tempo, o conceito de transformação digital invadiu as empresas dos mais variados segmentos da economia.
Com o avanço dos recursos tecnológicos disponíveis e uma consequente alteração no comportamento por parte dos consumidores, tornou-se necessário que as organizações se adaptassem a essa nova realidade, na qual a tecnologia se posiciona como ponto central e fundamental.
E o porquê disso não é segredo: a disponibilidade e a utilização de ferramentas e serviços tecnológicos podem atribuir muito mais eficiência, rapidez e controle a processos produtivos, desdobrando muitas vezes em redução de custos para as empresas.
Sendo assim, já existe uma discussão consolidada acerca da gestão da inovação em inúmeras áreas, como saúde, varejo, serviços financeiros e recursos humanos, e o direito não é exceção a esse movimento.
Aderir a essa transformação tecnológica, portanto, é imperativo, não apenas pela renovação e otimização de processos em si, mas também pela própria sobrevivência em um contexto que cada vez mais adere ao digital e no qual novas exigências de eficiência e experiência do cliente impulsionam a economia como um todo.
No entanto, como é possível realizar essa evolução jurídica, em uma área comumente vinculada à burocracia de seus processos? E o que se perde se esse segmento ignorar essa nova realidade?
Digitalização: o primeiro passo para a evolução jurídica.
A princípio, é interessante notar que a morosidade em processos e na gestão de contenciosos jurídicos poderia gradativamente ser transformada a partir do uso de ferramentas tecnológicas, em um momento de digitalização em alta no setor.
De acordo com informações coletadas pelo relatório de Justiça em Números 2020, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2019 constavam 77,1 milhões de processos em tramitação no Brasil, dentro de um contexto em que 90% das ações judiciais foram iniciadas em um dispositivo digital.
Com a confirmação da tendência de virtualização da justiça e a grande quantidade de informações disponíveis digitalmente, abre-se um horizonte para aplicação de práticas e soluções voltadas à inteligência artificial para automatização de processos, computação em nuvem para o armazenamento de dados, e data analytics para jurimetria, tomada de decisões e previsão de resultados.
Nesse sentido, é interessante que o segmento e os profissionais do setor passem a se familiarizar com uma presença cada vez maior das lawtechs e legaltechs e com o surgimento exponencial de soluções e serviços de base tecnológica direcionados ao setor jurídico, com o objetivo de otimizar rotinas e facilitar o dia a dia dos escritórios.
Cultura da inovação
Todos nós já sabemos que dar os primeiros passos rumo à transformação digital não é uma tarefa simples, independentemente da empresa e do setor no qual ela está inserida. Ao direcionar nossa atenção para o segmento jurídico, percebemos que é fundamental que se crie uma cultura ampla de inovação nos escritórios, de maneira que ela faça parte de todos os profissionais atuantes na empresa jurídica em questão.
Apresentar tendências do segmento, possibilidades de aplicação de tecnologias e principalmente seus resultados mostra-se um bom demonstrativo de como um escritório pode se beneficiar dessa transformação, o que facilita o caminho para se pavimentar um ambiente de inovação dentro do ecossistema macro do Direito.
Em síntese, passa a se tornar cada vez mais necessário que tanto os profissionais recém-ingressados no mercado quanto aqueles já estabelecidos se familiarizarem com as ferramentas disponíveis e suas respectivas aplicações, de maneira que possam não apenas introduzi-las e fomentá-las no cotidiano de sua atuação, mas também criar novas oportunidades dentro da profissão.
Nos últimos anos, tais práticas têm ganhado mais destaque, as já citadas lawtechs e legaltechs têm estado muito presentes no segmento jurídico, apresentando bons resultados e trazendo impacto positivo aos escritórios que se movimentam em direção à transformação digital.
Assim sendo, a movimentação já está acontecendo, independentemente de uma suposta resistência da área a novas soluções e ferramentas tecnológicas. Como uma realidade inevitável, o setor e seus profissionais só têm a ganhar nesse novo contexto.
Para isso, é preciso que escritórios e departamentos jurídicos entendam o panorama que se desenvolve e se adaptem a ele conforme suas necessidades, de maneira que possam otimizar suas práticas e processos, obtendo, assim, resultados expressivos em um ambiente no qual a transformação é a nova realidade.
Uma realidade que, sem dúvidas, traz desafios, mas sobretudo oportunidades para aqueles que estiverem dispostos a olhar para o futuro.
e-Xyon: antecipando tendências
No artigo acima podemos notar que a adesão à digitalização de serviços por diversos segmentos de nossa economia já é uma realidade, e o direito não foge à regra.
Por isso, nós da e-Xyon fomos pioneiros na disponibilização de um sistema de gestão para as áreas jurídicas e de contratos em modelo SaaS (software como serviço) e em arquitetura de Cloud Computing.
Se você acompanha os conteúdos que produzimos aqui e busca entender os vínculos que unem tecnologia e Direito, então não pode deixar de ler o nossos artigos.
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