15 horas sem nuvem: como a falha da AWS afetou empresas em todo o mundo
- e-Xyon Tecnologia
- há 48 minutos
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Na última segunda-feira (20), uma falha de 15 horas no serviço de computação em nuvem da Amazon Web Services (AWS) afetou mais de 500 empresas em todo o mundo, incluindo grandes plataformas como iFood, Mercado Livre e PicPay. O incidente destacou não apenas a dimensão da infraestrutura da AWS, mas também o grau de dependência global de um número reduzido de provedores de serviços em nuvem.
A falha ocorreu na região US-EAST-1, localizada no norte da Virgínia (EUA), uma das mais antigas e utilizadas da rede mundial da AWS. Essa região é considerada estratégica por oferecer o custo mais baixo e a maior variedade de serviços entre os 38 centros de dados da empresa. Muitos sistemas e ferramentas são configurados para utilizar essa região como padrão, o que explica a escala do impacto.
Falha na Computação em Nuvem pode ser a causa
A computação em nuvem é o modelo preferido de empresas que buscam reduzir custos de infraestrutura física, armazenando e processando dados em servidores de terceiros. Na prática, elas “alugam” capacidade computacional conforme a demanda. Porém, quando uma falha atinge um ponto central da cadeia, as consequências se espalham rapidamente por todo o ecossistema digital.
De acordo com especialistas, o problema teve origem em uma falha no DynamoDB, o sistema de banco de dados da AWS, associada a erros no processo de resolução de DNS, mecanismo que converte nomes de domínio em endereços numéricos de IP. A interrupção também afetou o serviço Elastic Compute Cloud (EC2), responsável pela criação e dimensionamento de servidores virtuais. O erro foi detectado às 4h11 e solucionado apenas às 19h01, quando os serviços foram gradualmente restabelecidos.
A AWS informou que possui mecanismos para minimizar impactos em situações de falha, mas especialistas ressaltam que cabe aos desenvolvedores projetarem sistemas mais resilientes, com redundância entre diferentes regiões e provedores. “Empresas que economizam na etapa de tolerância a falhas acabam mais vulneráveis a interrupções como essa”, avaliou o professor Ken Birman, da Universidade Cornell.
O episódio reascende o debate sobre a concentração de infraestrutura digital em poucas gigantes do setor. Segundo Nishanth Sastry, pesquisador da Universidade de Surrey, o principal risco é a interdependência: “quando todas as grandes empresas confiam em um único serviço, basta um erro em um ponto da cadeia para que todo o sistema global sofra”.
Mais do que um contratempo técnico, a pane da AWS expôs a fragilidade de uma economia cada vez mais sustentada por sistemas interconectados.
No Brasil, serviços como iFood, Mercado Livre, PicPay e até plataformas bancárias registraram instabilidades, enquanto aplicativos e sites internacionais, incluindo plataformas de streaming, provedores de hospedagem e ferramentas corporativas, também ficaram fora do ar por horas. O incidente reforça a necessidade de estratégias de mitigação de risco, planos de contingência e infraestrutura distribuída, especialmente em um contexto em que interrupções como essa podem paralisar operações críticas em escala global.
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