Novo Papa, Leão XIV, chama atenção para o uso responsável da tecnologia em seu primeiro discurso no Vaticano
- e-Xyon Tecnologia
- 13 de mai.
- 3 min de leitura
O novo líder da Igreja Católica, Papa Leão XIV, fez sua primeira grande declaração pública nesta segunda-feira (12), no Vaticano, em uma audiência com jornalistas de todo o mundo. Em um discurso que abordou temas sociais, éticos e tecnológicos, o pontífice enfatizou a necessidade de um uso responsável e consciente da inteligência artificial — mas foi além, alertando sobre os desafios trazidos pelo avanço tecnológico em geral.
A fala de Leão XIV ocorre em um momento de expansão acelerada do uso da tecnologia no cotidiano. Da automação de serviços ao uso massivo de algoritmos em decisões públicas e privadas, a revolução digital vem transformando profundamente a sociedade. Para o papa, essa transformação exige não apenas inovação, mas também reflexão e responsabilidade coletiva.
Um Chamado para o Uso Ético da Tecnologia
Segundo Leão XIV, “a inteligência artificial deve ser usada com responsabilidade e discernimento, para que possa gerar benefícios reais para a humanidade.” Ele ressaltou que essa responsabilidade é compartilhada por todos — independente da idade ou do papel social de cada um.
O pontífice também criticou o uso da tecnologia para fomentar conflitos ideológicos e disseminar discursos de ódio. Ele condenou o que chamou de “guerra de palavras”, impulsionada por ataques partidários que frequentemente ganham força em ambientes digitais. “A tecnologia não pode ser uma ferramenta a serviço do fanatismo ou da divisão. Ela deve nos aproximar, não nos afastar”, afirmou.
Vaticano Atento aos Avanços da IA
O próprio nome adotado pelo papa, Leão XIV, reflete sua intenção de dialogar com os tempos modernos. Robert Prevost, nome de batismo do novo pontífice, revelou que se inspirou em Leão XIII — o papa que, no século XIX, abordou com coragem os impactos da Revolução Industrial e defendeu os direitos dos trabalhadores.
Seguindo essa tradição, Leão XIV deixou claro que vê na atual revolução tecnológica — especialmente no campo da IA — um desafio ético e espiritual para a humanidade. Ele afirmou que a Igreja Católica quer estar presente e ativa nas discussões sobre o futuro da tecnologia e sua regulamentação, sempre à luz da dignidade humana.
Esse documento, inclusive, retomava um alerta já feito por Papa Francisco, antecessor de Leão XIV. Francisco advertiu sobre o risco de a tecnologia ser usada para criar “narrativas parcial ou totalmente falsas, acreditadas e divulgadas como se fossem verdadeiras”.
O posicionamento de Leão XIV mostra que, para a Igreja, o debate sobre a tecnologia não é apenas técnico, mas profundamente humano. O progresso digital não pode se descolar de valores como compaixão, justiça e verdade. A mensagem do novo papa é clara: a tecnologia não é neutra — seu impacto depende das escolhas feitas por aqueles que a desenvolvem, regulamentam e utilizam.
Com isso, o pontífice coloca a Igreja como uma voz ativa na construção de um futuro mais ético e equilibrado diante das transformações digitais que moldam o século XXI.
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